segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Trabalhos dos alunos (Filosofia)

Visão do ser humano perante si e o mundo

A importância de fazermos uma introspecção, uma pausa para pensar na vida, uma reflexão acerca do Mundo, uma procura do conhecimento geral, é bastante relevante para nos formarmos enquanto pessoas e verdadeiros seres humanos. Aquilo que melhor nos caracteriza é, sem dúvida, o pensamento. Temos em nossa posse algo de muito valioso e, por isso, devemos fazer uso dessa mesma capacidade que tão bem nos difere dos outros seres vivos. E dar-lhe verdadeira utilidade, começa a partir do momento em que nos questionamos sobre nós próprios, isto é, quando cada um de nós se pretende conhecer. É nessa altura que decide conhecer o outro.
O ser humano tem a grande necessidade de interagir, precisa de um meio em que se possa sentir devidamente integrado e com o qual possa conviver. Esse meio é a sociedade, que o molda e o transforma a partir do momento em que vem ao Mundo. A questão que se coloca é: será que a sociedade torna melhor ou pior o ser humano? Todos os valores e ideologias que fazem parte da nossa vida foram-nos incutidos pela sociedade desde cedo, porque, por mais que tentemos, pelo menos no início da nossa vida, somos sempre influenciados por ela. No entanto, temos o direito de escolher, de tomar as decisões que quisermos. E apercebemo-nos disso, essencialmente, quando fazemos a tal introspecção e tomamos consciência do que somos e de tudo o que nos rodeia.
A auto-reflexão deve começar com a vontade e curiosidade para ir ao mais profundo de si; encontrar-se-ão desde emoções, sentimentos, ideologias a sonhos, pensamentos e perguntas sem resposta que pairam na mente. É nessa altura que nos apercebemos que não só de uma forma impulsiva mas também controlada conscientemente, nós vamos dominando o nosso ser e o mundo que nos rodeia. Esse domínio será tanto maior quanto melhor estivermos preparados, isto é, será de todo conveniente que já se tenha passado por um processo de reflexão como forma de prever as diversas situações que se nos oponham.
Tendo como referência duas situações distintas de dois seres igualmente racionais, é possível compreender a importância do estudo interior, de uma auto-reflexão. Supondo que há um individuo cuja mentalidade se baseia no “tomar consciência de si e dos outros”, que reflecte acerca da sua vida, dos seus objectivos no Mundo, que procura um rumo para seguir, que toma as suas decisões sem qualquer tipo de interferência, e um outro, cuja presença no mundo é marcada apenas pelo facto de existir, sem procurar saber o sentido da sua existência, sem pensar sequer em procurar explicações, e que vive apenas à base do impulso e do agir sem pensar, irão destacar-se importantes diferenças entre eles, nas suas perspectivas sobre o que os rodeia e nas suas acções. Em qualquer tipo de situação com que eles se deparem, as suas escolhas e atitudes serão diferentes. Num momento negativo das suas vidas, certamente, aquela pessoa que se conhece, que sabe as suas limitações e aquilo que consegue fazer, lidará de forma mais consciente e terá mais sucesso, pois sabendo que pode controlar a sua forma de pensar, de sentir e de agir, terá uma atitude mais activa de procura do seu bem-estar. Enquanto que o outro indivíduo terá uma atitude mais passiva, deixando-se levar pelas circunstâncias em que se encontra, pelos seus impulsos e como não tem qualquer tipo de objectivo nem um qualquer trilho para seguir, deixar-se-á levar a baixo.
Tudo o que foi dito, resume-se a uma ínfima parte daquilo que trata a filosofia. Desde a altura em que nos propusermos a usar o pensamento e quisermos ir mais além, estaremos a fazer uso dela, e isso permitir-nos-á ser pessoas melhores e com mais conhecimento. Deste modo, a convivência na sociedade e no mundo será bastante mais fácil, e todos estarão a ser levados pelo mesmo, que consiste em ser verdadeiros seres racionais.
Cláudia Costa, 11ºB

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